Este foi o primeiro de
todos. Este vaso é um dos gémeos que comprei para iniciar o jardim. O objectivo
era plantar flores. Qualquer coisa que desse outra cor que não o verde que
tinha planeado mais à frente. Então, entre uma tarde de compras, lá pelo meio
da carne, do peixe e das massas, também comprei sementes. Do quê, já não me
lembro? Mas seriam para aí gerberas ou tulipas, qualquer multicolor. Semeadas e
depois de um mês a regar a terra, não nasceu nada. Passado algum tempo e já
andar a pensar em como iria utilizar este vaso, começaram a crescer os
primeiros rebentos. As flores, finalmente, vinham aí! Errado! Quando deu para
perceber o que estava a crescer, vi que era salsa! Que raio?! Deixei estar. E,
hoje, é o que está à vista. Salsa grande, verde, perfumada e saborosa. E é,
também, o tempero que mais uso na cozinha. É óptimo ter salsa acabada de
cortar, por cima do bacalhau-à-Brás.
E é, também, a erva mais
fácil de se ter em casa. Não precisa de quaisquer cuidados. Água, sol (neste
caso, está à meia-sombra. E, se calhar por isso, desenvolve-se tão bem) e, uma
vez por semana, umas gotas de adubo, para a terra não perder os nutrientes.
Segue alguma informação
sobre esta planta, que eu tomei a liberdade de tirar de outro sítio da
internet.
Cultivo: A salsa é uma bisanual. Pode suportar
até 40° C negativos. Conforme o clima, a germinação das suas sementes pode ser
de 2 a 3 semanas. É aconselhável semear directamente no sítio, de Março a
Agosto, e o espaço recomendado entre as futuras plantas é de 20-30 cm. A salsa
aprecia o sol, mas nos países quentes, como Portugal, prefere um lugar a
meia-sombra.
Utilizações
comuns: Na cozinha,
utiliza-se geralmente a salsa fresca e acabada de picar, rica em vitamina C:
uma colher de sopa de salsa cobre dois terços das nossas necessidades diárias
desta vitamina. A salsa contém ainda vitaminas A e B, assim como inúmeros sais
minerais e oligo-elementos: potássio, cálcio, fósforo, ferro e manganésio. É
este último, aliás, que estimula a função depurativa do fígado, e uma colher de
sopa de salsa fornece um terço das nossas necessidades diárias deste elemento.
A salsa lisa, geralmente a que se cultiva em Portugal, tem mais vitaminas do
que a frisada e o seu aroma é também mais forte.
Em
uso externo, a aplicação de folhas esmagadas de salsa, acalma as picadas dos
insectos, e a sua infusão aclara a tez. Para quem deseja refrescar o hálito,
sobretudo quando comeu alho, recomenda-se mastigar folhas de salsa.
Benefícios: A salsa exerce uma acção muito
benéfica sobre o aparelho digestivo, actuando sobre as flatulências e outros
sintomas semelhantes. Enquanto que planta medicinal, a salsa é usada sobretudo
para estimular a função renal, mas a tradição popular aconselha-a para
regularizar o ciclo menstrual, devido às suas propriedades estrogénicas, pois
toda a planta contém um óleo essencial, do qual um dos componentes, o apiol,
tem uma acção regularizadora das regras.
Como
a salsa tem uma a acção estimulante sobre o útero, é preferível que o seu
consumo seja moderado durante a gravidez. Depois do parto, em contrapartida, a
salsa favoriza a retracção do útero, mas pode impedir a subida do leite.
A
salsa é um tónico geral que estimula o apetite e facilita a digestão. É
depurativa e desinfectante do tubo digestivo e das via urinárias e, sob a forma
de infusão, tem um efeito diurético e favoriza a eliminação de pequenos
cálculos renais. Deve, contudo, ser evitada por quem tem problemas de
inflamação renal.
A raiz e os frutos são as partes da planta mais utilizadas em farmácia.
Advertência: A salsa é desaconselhada às mulheres
grávidas. Não é por acaso que as sementes (fruto) da salsa eram utilizadas
antigamente para provocar o aborto espontâneo.
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